- Área: 14799 m²
- Ano: 2014
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Fotografias:Guillaume Satre, 11h45
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Fabricantes: EQUITONE, Knauf, Metsa Woods, Plaka, VMZINC
Descrição enviada pela equipe de projeto. A criação de um complexo de equipamentos públicos dentro do armazém Macdonald permite realizar a ligação entre a arquitetura existente e a que esta por vir, revelando as necessidades e desenvolvimentos de uma sociedade em transformação. É também o pretexto da conexão entre os processos tradicionais e necessidades contemporâneas. O arquiteto do armazém existente, Marcel Forest, descreveu-o como uma base, conveniente para a recepção de extensões. Esta será realizada com uma estrutura leve metálica, um suporte de um grande telhado linear abrigando um conjunto de serviços públicos.
Este grande telhado colocado sobre a base existente, participa do desenvolvimento de um patrimônio arquitetônico, adaptando-o a suas necessidades contemporâneas. Por suas dimensões, sua situação e seu tamanho, o edifício existente e sua extensão devem ser considerados numa escala territorial, oferecendo um horizonte, propondo uma infraestrutura. O território torna-se, portanto, o suporte do novo projeto; o existente oferece a base enquanto o telhado serve como um elemento unificador, abrigando uma sucessão de espaços e funções.
Inserção Urbana e Paisagística
O projeto está localizado em uma posição estratégica, no começo do armazém existente de 600m de comprimento, entre o viaduto das redes ferroviárias e o Boulevard Maréchaux, no centro de uma zona em completa reestruturação urbana, ligado à cidade e seu entorno pela nova linhas de trens elétricos. A inserção do projeto responde a três imperativos:
- A regulamentação urbana;
- A vontade de criar uma imagem arquitetônica forte e contemporânea;
- A vontade de juntar-se ao contexto em um equilíbrio justo, respondendo à obrigação da preservação da fachada norte.
A intervenção arquitetônica é feita de um jogo horizontal, que reforça a expressão do edifício existente. A unidade e a homogeneidade do lugar procuram evitar a expressão do acúmulo programático. O ritmo da fachada, sequenciado, é dado por uma sucessão de elementos verticais metálicos. A continuidade do vocabulário arquitetônico dos vários equipamentos dão ao edifício uma unidade que junta-se à escala de todo o masterplan projetado pelo OMA.
A cobertura
A cobertura abriga todos os programas e relaciona o interior com o exterior. O balanço gera um espaço intersticial e define um perfil ao marcar a linha legal contínua de 65,26 NGP. A borda ascendente do telhado de leste a oeste também dá à silhueta a expressão do início do complexo geral.
Graças a um vocabulário de planos dobrados, espaços públicos estão ligados aos espaços privados, à praça do lado de fora e aos pátios internos. Na parte externa, a sua materialidade é reforçada pela utilização de um material parisiense tradicional (zinco), enquanto na parte interna se torna mais leve e perfurada por meio de uma alternância de elementos de vidro e painéis de zinco, permitindo uma melhor iluminação para os pátios.
Filtros
A composição e a materialidade da fachada respondem à concepção geral do masterplan do OMA. Cada uma é composta por uma sobreposição de estratos horizontais, materializados com cristais e elementos minerais. O grid estrutural é o ponto de partida para a composição geral da fachada. A densidade dos brises permite expressar a privacidade das funções internas.
Fachada
A relação entre o interior e exterior é tratada através da utilização de filtros. Eles compõem, definem e distinguem as fachadas e foram reduzidos a 2 tipos diferentes: nos brises metálicos cinza escuros no exterior que dialogam com o contexto marcado por seu passado industrial, e no interior uma pele dupla de vidro, feito de uma alternância de painéis de vidro e de uma membrana metálica que espalha a luz. A profundidade do filtro é investigada nas suas várias dimensões. Espaço e luz são, portanto, amplificados.
Espaços Exteriores
A sucessão dos pátios organizados em terraços em diferentes níveis permite a separação necessária entre o pátio da escola júnior e o pátio do ensino médio. A sequência dos espaços exteriores é materializada pela implementação de faixas vegetadas: estas também são como filtros e ligam o espaço sem criar fronteiras reais.